sexta-feira, 4 de março de 2011

Boa música

   Hoje de manhã estive reavivando a memória sobre uma composição de Carl Orff de que gosto muito, a Carmina Burana. É realmente majestosa! Não apenas como composição e obra mas como história também.

   No início do séc. XIII haviam muitos eruditos com formação universitária religiosa, os clérigos,  que eram pobres e carentes e acabavam sendo desamparados pela Igreja. Eles se fechavam em mosteiros, quando o possuíam, ou em pensionatos, tascas ou mesmo vagavam pelas ruas. Eram monges e eruditos errantes conhecidos por Galiardos que viviam de esmolas que recebiam por suas apresentações de canto e declamação de poemas que faziam nas portas de universidades e tabernas da região.
   Esses cantos e poemas eram de autoria própria e tinham contúdo bastante sarcástico e satírico, algumas vezes os poemas tinham conteúdo bastante erótico também. O motivo disso tudo era a indignação que os Galiardos tinham pelo fato da nobresa e principalmente da Igreja ter sofrido uma corrosão e inversão de valores. Estando ela cada vez mais preocupada em angariar poder e fortuna.
   Em 1803, durante a secularização, foi encontrado no convento de Benediktbeuern um importante mauscrito contendo textos poéticos datados do séc. XII que foi denominado de Codex Latinus Monacensis. Esse codex  compreende 315 composições poéticas, em 112 folhas de pergaminho, decoradas com miniaturas. Todo ele manuscrito por Galiardos:


Carl Orff, descendente de uma antiga família de eruditos e militares de Munique, teve acesso a esse códex de poesia medieval e, em 1937, arranjou alguns dos poemas em canções para solistas e coro, com acompanhamento de grande orquestra em uma apresentação recheada com "instrumentos e imagens mágicas”.


Detalhes sobre a Cantata:

   A cantata acontece em torno de um símbolo da Antiguidade — a roda da fortuna, eternamente girando, trazendo alternadamente boa e má sorte. É uma parábola da vida humana exposta a constante mudança, mas não apresenta uma trama precisa.
   Orff optou por compor uma música inteiramente nova, embora no manuscrito original existissem alguns traços musicais para alguns trechos. Requer três solistas (um soprano, um tenor e um barítono), dois coros, pantomimos, bailarinos e uma grande orquestra (Orff compôs também uma segunda versão, na qual a orquestra é substituída por dois pianos e percussão).
   A obra é estruturada em prólogo e duas partes. No prólogo há uma invocação à deusa Fortuna na qual desfilam vários personagens emblemáticos dos vários destinos individuais. Na primeira parte se celebra o encontro do Homem com a Natureza, particularmente o despertar da primavera - "Veris laeta facies" ou a alegria da primavera. Na segunda, "In taberna", preponderam os cantos goliardescos que celebram as maravilhas do vinho e do amor(“Amor volat undique”), culminando com o coro de glorificação da bela jovem ("Ave, formosissima"). No final, repete-se o coro de invocação à Fortuna ("O Fortuna, velut luna”).


Letra:  Carmina Burana - O Fortuna, Imperatrix Mundi

O Fortuna,                           Ó Sorte,
Velut Luna                           És como a Lua
Statu variabilis,                     Mutável,
Semper crescis                     Sempre aumentas
Aut decrescis;                      Ou diminuis;
Vita detestabilis                    A detestável vida
Nunc obdurat                      Ora oprime
Et tunc curat                        E ora cura
Ludo mentis aciem,              Para brincar com a mente;
Egestatem,                          Miséria,
Potestatem                          Poder,
Dissolvit ut glaciem.             Ela os funde como gelo.

Sors immanis                       Sorte imensa
Et inanis,                             E vazia,
Rota tu volubilis                  Tu, roda volúvel
Status malus,                      És má,
Vana salus                         Vã é a felicidade
Semper dissolubilis,            Sempre dissolúvel,
Obumbrata                        Nebulosa
Et velata                            E velada
Michi quoque niteris;          Também a mim contagias;
Nunc per ludum                 Agora por brincadeira
Dorsum nudum                  O dorso nu
Fero tui sceleris.                 Entrego à tua perversidade.

Sors salutis                        A sorte na saúde
Et virtutis                           E virtude
Michi nunc contraria          Agora me é contrária.
Est affectus                        Dá
Et defectus                        E tira
Semper in angaria.             Mantendo sempre escravizado
Hac in hora                       Nesta hora
Sine mora                         Sem demora
Corde pulsum tangite;       Tange a corda vibrante;
Quod per sortem              Porque a sorte
Sternit fortem,                   Abate o forte,
Mecum omnes plangite!     Chorai todos comigo!

A obra:




valew, valew...

sábado, 8 de janeiro de 2011

Take a rest

O futuro está próximo.

Basta olhar pela janela e sentir a brisa do mar se aproximando...


valew, valew

Um dia John Lennon escreveu:

"Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos. Não contaram pra nós que amor não é acionado, nem chega com hora marcada. Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade. Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável. Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada "dois em um": duas pessoas pensando igual, agindo igual, que era isso que funcionava. Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável. Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos. Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que transam pouco são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto. Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto. Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade. Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas. Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente. Cada um vai ter que descobrir sozinho. E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém."

valew, valew

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Me engana que eu gosto


"O fim dos códigos de barras!
Novas aplicações transformam a maneira de fazer compras, pondo fim aos códigos de barras e tornando o processo mais dinâmico e interativo.


Nos dias de hoje, os códigos de barras no preço dos produtos já fazem parte da sua rotina. Mas, nem sempre foi assim. A invenção que surgiu na metade da década de 70 nos Estados Unidos e que chegou ao comércio brasileiro no final da década de 80, passou por poucas transformações ao longo das duas últimas décadas e, num futuro próximo, já poderá ser considerada obsoleta.

Mas qual será a tecnologia que irá substituí-la e irá lhe acompanhar nas suas compras do dia a dia? E mais, quais as vantagens em substituir uma tecnologia que hoje é aplicada em praticamente 90% dos estabelecimentos comerciais por outra mais moderna, mas acessível, pelo menos num primeiro momento, para grandes redes de comércio? Os resultados dessas tecnologias do futuro é o que você irá conferir neste artigo.

Decifrando os códigos atuais

O código de barras que conhecemos e utilizamos até os dias de hoje foi utilizado pela primeira vez na década de 70, nos Estados Unidos. Fruto de quase 30 anos de pesquisas, o sistema foi utilizado pela primeira vez na manhã de 26 de junho de 1974 pelo cliente de um supermercado na cidade de Troy, no estado de Ohio.

Sua aquisição foi um pacote com 10 chicletes. A venda do produto por meio desse sistema é considerada um marco para o comércio varejista e o pacote de chicletes ganhou um lugar na história, indo parar no Smithsonian Insititutes National Museum of American History, um dos museus norte-americanos mais importantes e que reúne artefatos e coleções que ajudam a contar parte da história do país.

No Brasil, a implantação desse sistema acontece mais de 10 anos depois. Foi na segunda metade da década de 80 que o sistema de código de barras começou a ser implantado em lojas de varejo e supermercados, tornando-se popular nos anos 90 com a completa informatização de diversos segmentos varejistas.

O princípio do seu funcionamento é bastante simples e segue as determinações de um código internacional de numeração, o torna possível a mesma leitura em um produto tanto aqui quanto em um país distante como o Japão, por exemplo. As barras do código nada mais são do que a representação gráfica de um código alfanumérico.

Sua decodificação é feita por meio de um scanner que emite um raio de luz vermelha que “lê” o conteúdo exibido nas barras. O código de barras pode ser expresso de várias maneiras, mas a mais conhecida delas é o EAN-13, composto por 13 dígitos.

Uma nova tecnologia a caminho: o personal shop

A rotina de uma compra em um supermercado é quase sempre a mesma. Primeiro você enche o seu carrinho com os produtos que escolheu. Depois tem o trabalho de esvaziá-lo no caixa e enchê-lo novamente para levar até o seu carro. No carro, mais uma vez, você esvazia o carrinho para acomodar as compras no porta-malas e, finalmente, ao chegar em casa esvaziar o carro e acomodar as compras nos seus devidos lugares. É bem verdade que já é possível montar a sua lista de compras pela internet e evitar todo esse trabalho.

Mas que tal facilitar a sua vida dentro do supermercado, comprando o que bem entender (e é claro, o que o dinheiro permitir) sem precisar circular empurrando um carrinho pesado pelos corredores. A novidade tem nome: chama-se personal shop e já está disponível em fase de testes no Brasil.



A primeira rede de supermercados a adotar a nova ferramenta é o grupo Pão de Açúcar. O novo aparelho se assemelha a um scanner portátil de código de barras, mas ao invés do seu uso ficar restrito às mãos dos funcionários do caixa ou do estoque, o pequeno aparelho vai para as mãos dos clientes.

O personal shop foi desenvolvido pela Motorola e conta com um sistema desenvolvido pela Seal Tecnologia. Os seis primeiros aparelhos estão funcionando, em período de testes em uma das lojas do supermercado Pão de Açúcar, localizada no Shopping Iguatemi, em São Paulo.

Na prática, como funciona?

Antes de iniciar as suas compras, é preciso que o cliente faça um cadastro e informe será irá levar os produtos para casa imediatamente ou se prefere que o próprio supermercado os entregue na sua casa. Feito isso, você irá receber um pequeno aparelho e, com ele em mãos, irá circular pelos corredores do mercado em busca dos produtos.

Ao invés de encher um carrinho com eles, tudo que você precisa fazer é direcionar o leitor do aparelho para o código para o produto desejado. Automaticamente os produtos serão inseridos em sua conta. No visor é informado o preço do produto e, caso queira, é possível alterar a quantidade de cada um deles.

Durante toda a compra é possível visualizar em tempo real qual é o status de preço do que você adicionou ao seu carrinho até o momento podendo, com isso, manter um maior controle sobre os seus gastos. Ao final da compra tudo que você precisa fazer é se dirigir até o caixa para retirar as mercadorias, efetuar o pagamento ou autorizar o débito.

Outra vantagem do sistema consiste em uma lista padrão de itens básicos de compras. Você pode pré-determinar uma lista de itens favoritos em seu histórico de compra para que, nas próximas visitas ao supermercado, nem, precise circular por alguns corredores.

“São várias as vantagens para o cliente, como mostrar o valor total da compra dos itens selecionados sem precisar passar pelo caixa; a opção de levar os produtos pessoalmente ou recebê-los em casa, sendo que nestes casos o cliente pode dispensar o carrinho de compras e armazenar sua lista somente no equipamento”, explica João Edson Gravata, diretor de Operações da rede Pão de Açúcar.

Personalização da compra

Além das opções básicas de compra, o novo sistema de personal shop, como indica o próprio nome, permite a personalização do ato de compra por parte do usuário. Sendo assim, ele poderá receber em sua conta ofertas relacionadas diretamente com o seu perfil, bem como dicas nutricionais e receitas construídas tendo como base os produtos que adquiriu. Outra função importante do aparelho é a geolocalização, ou seja, permite que o usuário visualize no aparelho a localização exata de um produto dentro da loja.

“O Personal Shop traz para o Brasil um novo conceito de compras. Com a ajuda de um coletor de dados, capaz de armazenar em sua memória as listas habituais dos clientes Mais, é possível economizar tempo no supermercado e fazer compras ainda mais personalizadas”, explica Joaquim Dias Garcia, diretor de TI do Grupo Pão de Açúcar.

O sistema RFID

O Baixaki já abordou o funcionamento do sistema de RFID em um artigo. Em resumo, a sigla se refere ao termo Radio-Frequency Identification (Identificação por Rádio Frequência) e nada mais é do que uma etiqueta com a função de emissão de um sinal que transfere as informações para um dispositivo leitor.

A tecnologia é ideal para emissões de sinais de curto alcance e, por isso, ideal para utilização em ambientes fechados como grandes lojas de departamento e comércio varejistas. Embora ainda não seja a melhor das opções, graças ao seu alto custo de desenvolvimento, a tecnologia de RFID é a principal tendência do momento e deve aumentar gradativamente a sua evolução ao longo dos anos.

Como está em desenvolvimento, diversos estudos, em especial relacionados à segurança e a criptografia de dados vem sendo realizados e privacidade de informações e invulnerabilidade à leituras externas têm sido algumas das prioridades das pesquisas.

Investimento e retorno a longo prazo

A implantação desse sistema no Brasil é parte de uma política do Grupo Pão de Açúcar que visa reduzir o consumo de energia e aumentar a produtividade de funcionários e colaboradores. Segundo a empresa, até 2011 serão investidos mais de R$ 150 milhões em um processo de transformação tecnológica que inclui troca de equipamentos, substituição de programas de gestão e criação de novos serviços. Como resultado, maior agilidade dos processos e sistemas, além de economia de custos e benefícios a toda cadeia, com economia energia, insumos e consequentemente, menor impacto ambiental.

Para quem imagina que com as novas tecnologias implantadas postos de trabalho serão perdidos, a explicação é simples e prática: em tese, como em todas as fases de uma evolução tecnológica, determinadas posições sofrerão modificações. Não deixarão de existir, mas serão transformadas, exigindo um novo tipo de qualificação e adaptação e flexibilidade por parte dos profissionais às novas tecnologias.

Como em qualquer mudança, ela não deverá ser implantada da noite para o dia. Sua migração deverá acontecer aos poucos e, no meio do caminho haverá espaço para correção de erros e implementação de novos conceitos bem como inclusão de outras tecnologias que possam surgir no meio do caminho. Para os profissionais envolvidos no processo, cabe a tarefa de acompanhar de perto o processo de evolução para que, quando realmente houver uma migração para um novo sistema, eles já estejam preparados e prontos para assumir as novas funções.

O outro lado da moeda: a redução de contato humano

É claro que comodidade e segurança são duas metas que o ser humano vem perseguindo cada vez mais e, graças à evolução tecnológica, vem conseguindo alcançar os seus objetivos com relativo sucesso. Mas, não resta dúvidas, que muitos podem ser perguntar: se estamos substituindo funções que antes eram realizadas por pessoas pelo trabalho mecânico das máquinas, não estaremos diante de um afastamento cada vez maior do ser humano?

A resposta para essa pergunta é complicada e há vários pontos de vista válidos que podem ser levados em consideração antes de emitirmos qualquer opinião definitiva sobre o assunto. Se por um lado as novas oportunidades afastam o ser humano de tarefas repetitivas e cansativas que podem, sim, muito bem ser automatizadas, por outro lado é cada vez menor o contato entre pessoas para a realização de determinadas transações.

Cabe a todos os envolvidos no processo, e em especial a todos os que são afetados diretamente pelas mudanças, preocupar-se em estar à frente do processo, sabendo quais são os limites das novas tecnologias e sempre buscando a melhor capacitação possível para que, de forma alguma, seu trabalho fique obsoleto se comparado com o de uma máquina.

Como toda mudança, é natural que, pelo menos em um primeiro momento, ela seja incômoda e possa causar estranhamento. Porém, a lição mais importante que se pode tirar de tudo isso é que mudanças, em maior ou menor grau, sempre continuarão ocorrendo e caberá a cada um de nós saber como se adaptar a elas e tirar proveito dos seus benefícios."



Ahh ta... deixe-me ver se entendi...

A maior rede de supermercados do país está implantando um equipamento que substituirá os caixas e empacotadores nos supermercados mas que não é, de forma alguma, para economizar com funcionários. Imagine! É pra economizar um cadinho de luz e principalmente "DIMINUIR OS IMPACTOS AMBIENTAIS"!!!

AHAM... deixa eu terminar minha conversa com o Papai Noel antes do coelhinho da páscoa chegar que eu ganho mais...


BULL SHIT!!!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Falsas esperanças.

   E pensar que desde os 16 anos de idade que eu morro de vontade de ter uma filha. Claro que ficaria muito feliz com um garoto também, mas o sonho era da inocência e delicadeza intrínseca em cada ser feminino que admirei em minha vida. Até o nome já tenho guardado aqui na minha cachola, desde essa época.

   O problema é que a gente envelhece e acaba ficando um pouco mais experiente e vivido. Depois começamos a enxergar os problemas sociais, o desemprego, a falta de escolas de qualidade, de saúde, a violência e começamos a duvidar que é correto colocar um ser tão pequenino e inocente nesse mundo tão deturpado e horrendo...

  É quando nos deparamos com isso:


(mother focker disgusting girl)

   Sim!!! É chegada a hora de acabar com todos os sonhos, hora de desistir e de se conformar.
Esse mundo NÃO tem solução.


   John Stith Pemberton daria um tiro na cabeça se ainda fosse vivo...


valew, valew

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

"Londrina, exemplo a ser seguido..." (VEJA - 01/09)




   Após aparecer como destaque em grandes reportagens das revistas Época Negócios e Você S/A, Londrina também é destaque da na edição de 1º de setembro da revista Veja. Na maior reportagem da edição, um especial de 47 páginas, é avaliado o desenvolvimento de cidades de médio porte do Brasil – aquelas que possuem de 100 mil a 500 mil habitantes - que, conforme avaliação da revista, crescem mais do que as grandes metrópoles, com qualidade de vida superior e participação relevante na economia nacional.

   Veja classifica Londrina como a mais nova metrópole brasileira, já que o município ultrapassou, no ano passado, a barreira dos 500 mil moradores (a estimativa é que o número tenha chegado a 510 mil), segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A revista avalia que Londrina é “referência às 233 cidades médias que aspiram à sua inclusão entre as metrópoles do futuro”.

   A reportagem intitulada “A Força das Cidades Médias” embasa a afirmação com demonstrações estatísticas de efetivo planejamento urbano, que existe de maneira perene no território londrinense, tanto em tempos passados como na atualidade, sempre visando ao futuro.

   A formação da malha urbana, por meio de quadriláteros, o represamento do Ribeirão Cambezinho, que deu forma ao Lago Igapó, e o estabelecimento recente de áreas urbanas específicas para a expansão da cidade, como a Gleba Palhano, com planejamento prévio do desenvolvimento infraestrutural, confirmam a tese. São ressaltados também números positivos da cidade, com relação à geração de empregos, renda, educação e saúde, itens nos quais Londrina é a melhor colocada em todo o Paraná.

   Em uma das suítes da matéria, a Filha de Londres é pontuada como um dos “5 exemplos a ser seguidos” pelos municípios de médio porte que pretendem ser alçados à condição de metrópole, ao lado das mineiras Juiz de Fora e Uberlândia, e das paulistas Ribeirão Preto e Sorocaba. Conforme a revista, a grande lição de Londrina às outras cidades brasileiras está justamente no crescimento planejado, por estipular as regiões onde ocorrerá a expansão e evitar o alastre desordenado do perímetro urbano, que traz consigo, como consequência, os chamados bolsões de miséria.

   Além do crescimento planejado, Londrina conta com economia sólida e equilibrada, tendo todos os setores (indústria, comércio, agropecuária e prestação de serviços) representados com percentual semelhante na movimentação econômica. A cidade não é dependente de apenas um setor, ou produto e salienta a boa formação dos cidadãos locais, especialmente no ensino superior, em que cerca de 35 mil novos profissionais são formados anualmente.
 
 
 
 
   Não sei se vocês me entenderam, mas uma cidade com 510.000 habitantes que forma 35.000 profissionais no ensino superior por ano, ou seja 6,86% da sua população a cada ano, prefere, em 75,54% dos casos que outro assuma a presidência e não a Dilma.
 
   Nada a declarar... somente reiterando o conselho da VEJA.
 
 
Londrina, exemplo a ser seguido...
 
 
passar bem.
 
valew, valew... 

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Aprendendo a escolher.

Bem, não sou nenhum posso de cultura e muito menos melhor do que a grande maioria das pessoas que eventualmente venham a ler esse blog. Mas, do auge dos meus 31 anos, tendo vivido muitas e muitas situações diferentes e inusitadas e tendo feito inúmeras e importantíssimas escolhas no decorrer desses meus vários anos de vida, resolvi escrever uma breve lista de dicas para escolher um profissional adequado para cada situação.

Faz 3 dias que você não se alimenta e a dor no seu dente só piorou?
   Procure um bom DENTISTA.

Você sente febre, calafrios, dores e outras coisas mais?

   Vá  a um bom MÉDICO; clinico geral mesmo e fique atento e procure os ESPECIALISTAS que ele indicar.

Você se machucou feio, caiu da escada e quebrou o pescoço? Foi cortar uma peça inteira de alcatra ao meio e cortou um dos braços inteiro e três dedos da outra mão?

    Não tenha dúvidas. Vá correndo para um HOSPITAL.

Deu aquela marcada e arranhou e amassou a porcaria do para-lamas dianteiro na garagem do prédio?

   Procure um bom FUNILEIRO ou MARTELINHO DE OURO.

O carro está com uns barulhos estranhos que você não sabe direito de onde vem?

     Vá a uma AGÊNCIA AUTORIZADA da marca do seu carro.

Seu carro foi roubado, danificado ou então não funciona?

   Ligue para sua SEGURADORA

p.s. não tem seguro? HAHAHAHA Perdeu Playboy...

Sua filhinha de 3 anos está morrendo de dor de ouvido?

   OTORRINOLARINGOLOGISTA é o nome do profissional que você deve procurar.

Problemas com o imposto de renda, não consegue calculá-lo ou acha os valores muito altos?

   Procure por um bom CONTADOR e, por via de dúvidas, já entre em contato com um ADVOGADO também.

O portão eletrônico de casa parou ou está enroscando e fazendo um barulhão?

   SERRALHEIRO.

O jantar vai estar maravilhoso mas não sabe ao certo que tipo de vinho ou outra bebida servir?

   O SOMMELIER está apto à ajudá-lo.

Agora se o papo é a  PRESIDÊNCIA DE UM PAÍS?

Pergunte ao PT que ele te responde:

resp. 1

resp.2

valew, valew...

Só faltam 6 dias...


 
 
Não sou nem um pouco fã do Serra e muito menos acredito que com ele o roubo vai diminuir. Só tenho medo, muito medo de pensar no que o PT quer com as Farc, MST, com o Evo Morales e o Hugo Chávez.
 
 
Burrice tem limites não é minha gente...
 
 
Graças a Deus eles não são brasileiros não é mesmo.
Porque se fossem filiados ao PT com certeza diriam que são "INGRESES."
 
   É minha gente, só quero deixar bem claro que os duelos: cultura vs ignorância, escola vs prisão, conhecimento e história vs alienação e ignorância NÃO são critérios para a escolha do presidente de um país.
 
  O povo perdeu a capacidade até de dar valor à cultura e ao conhecimento. Virou uma guerra de classes e qualquer um que converse em um bom português, que tenha um pouquinho mais de cultura já é visto com maus olhos pela maioria do povo, que logo diz, "Esse aí não me enrola não, com essas palavras difíceis que nem sei o que querem dizer..."
   As pessoas, principalmente as mais simples, acham que os mais abastados já tiveram de mais até agora. Chegam a pensar que tudo o que tiveram até agora lhes foi dado de mão beijada, que todos deveríam ter as mesmas recompensas e privilégios que apenas alguns tiveram. E votando em alguém que ao menos aparenta ter sofrido com a mesma deficiência sócio-econômica, por causa da fala simples e do trato mais caloroso e do português incorreto e grosseiro, estarão de certa forma ajudando a fazer com que as pessoas mais simples possam ser, também, privilegiadas com alguma condição ou situação que possa ser oferecida, de graça, aos seus iguais.
   É o velho ditado. Todos olham os tragos que eu tomo, mas ninguém repara nos tombos que eu levo...
 
   Trabalho para uma pessoa que nasceu filho de um pequeno mecânico, retificador de motores aqui na cidade. Ele teve uma história dificílima, perdeu o pai aos 12 e a mãe aos 18. Estudou e lutou muito, a vida inteira. Não vou entrar em maiores detalhes, mas hoje, trinta e poucos anos depois ele é dono de uma das maiores retificadoras do sul do Brasil. Tendo encontrado também outros caminhos e investimentos e sendo dono de um "micro-império" (se é que isso existe) de pequenas empresas de diversas áreas. Duas qualidades que admiro nele:
  Não tem um pingo de medo de investir (por isso já faliu 2 vezes).
  Nunca parou de estudar e sempre acreditou no seu instinto empreendedor.
 
   Usarei meu pai aqui também para que sirva de exemplo. Meu velho teve uma juventude bastante humilde e sofrida numa cidadezinha pequena no interior do estado. Filho de carpinteiro e de professora do grupo escolar (acho que seria tipo uma creche ou jardim de hoje) da cidade. Teve que começar a trabalhar cedo e já foi carregador em uma torrefação de café e engrachate na praça da catedral. Estudou muito e nunca deixou de lutar até que um dia entrou para a companhia de energia do estado onde permaneceu por 24 anos. Hoje aposentado, ha mais de 10, vive uma vida tranquila. Com relação a mim e minha irmã; ele nos criou. Nos deu estudo, inglês, piano, viagem à europa e nos levou até a faculdade.
   Eu me lembro do meu pai estudando. Eu me lembro das vezes em que ele passava fora mais de mês fazendo cursos e mais cursos de aperfeiçoamento ou para disputar melhores cargos. Me lembro também das homenagens que recebia por trabalhos executados e me lembro, principalmente, de tudo o que me disseram sobre ele na empresa em que trabalhou ou nas empresas que ele atendia.
Três qualidades que admiro no meu pai.
   Persistência
   Estudo e dedicação para enfrentar e alcançar qualquer coisa que deseje.
   Economia; ele nunca foi um empreendedor, mas nunca gastou mais do que podia e sempre manteve um padrão de vida adequado à sua realidade e necessidade. Isso que fez com que ele pudesse conquistar alguns  bens e uma aposentadoria justa e tranquila.
 
  

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Uma Experiência Socialista

Um professor de economia na universidade Texas Tech disse que ele nunca reprovou um só aluno antes, mas tinha, uma vez, reprovado uma classe inteira.
Esta classe em particular tinha insistido que o socialismo realmente funcionava: ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria "igualitário e justo".

O professor então disse, "Ok, vamos fazer um experimento socialista nesta classe. Ao invés de dinheiro, usaremos suas notas nas provas."

Todas as notas seriam concedidas com base na média da classe, e portanto seriam "justas". Isso quis dizer que todos receberiam as mesmas notas, o que significou que ninguém seria reprovado. Isso também quis dizer, claro, que muito provavelmente ninguém receberia "A"...

Depois que a média das primeiras provas foram tiradas, todos receberam B.

Quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado.

Quando a segunda prova foi aplicada, os preguiçosos estudaram ainda menos. Eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que eles também se aproveitariam do trem da alegria das notas. Portanto, agindo contra suas tendências, eles copiaram os hábitos dos preguiçosos. Como resultado, a segunda média das provas foi D.

Ninguém gostou.

Depois da terceira prova, a média geral caiu para F.

As notas não voltaram a patamares mais altos mas as desavenças entre os alunos, buscas por culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela classe.

A busca por "justiça" dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações, inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma.

No final das contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar o resto da sala. Portanto, todos os alunos repetiram o ano... Para sua total surpresa.

O professor explicou que o experimento socialista tinha falhado porque ele foi baseado no menor esforço possível por parte de seus participantes.

Preguiça e mágoa foi seu resultado. Sempre haveria fracasso na situação a partir da qual o experimento tinha começado.

"Quando a recompensa é grande", ele disse, "o esforço pelo sucesso é grande, pelo menos para alguns de nós. Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos outros sem seu consentimento para dar a outros que não batalharam por elas, então o fracasso é inevitável."

"É impossível levar o pobre à prosperidade através de legislações que punem os ricos pela prosperidade. Não existe mágica nem multiplicação dos pães na vida real. Para cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa deve trabalhar sem receber. O governo não pode dar para alguém aquilo que não tira de outro alguém. Quando metade da população entende a idéia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a metade que recebe sem trabalhar, então chegamos ao começo do fim de uma nação".

"É  IMPOSSÍVEL MULTIPLICAR A RIQUEZA DIVIDINDO-A."


ENTENDEU PORQUE O TAL "BOLSA" NÃO É UM BOM NEGÓCIO PRA VC QUE RALA 10 HORAS POR DIA?

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Censura Socialista

   Essa semana fiquei muito satisfeito com a atitude do excelente jornalista Paulo Beringhs. Ele é um jornalista com mais de 40 anos de profissão e que  teve a coragem de pedir demissão, ao vivo dia 19/10, denunciando que o programa Brasil Central onde trabalhava foi proibído,  pelo governo de Goiás, de apresentar entrevista com o candidato de oposição ao governo desse estado.
   Por outro lado fiquei preocupadíssimo... Muito medo da bruxa que está solta rodar, rodar e acabar pousando no Palácio da Alvorada.

   Pra quem já leu ou ao menos tomou conhecimento, o PT tem intenção de aplicar o Programa Nacional de Direitos Humanos que inclui a criação e administração do "Controle Social", sabe do que eu estou falando. Daí sim o resto das pessoas honestas e dignas, principalmente do jornalismo e televisão, pedirá as contas e ficaremos entre os corvos.
   O controle Social cria meios "legais" para que todo conteúdo televisivo e jornalístico do país precise necessariamente passar por triagem em órgão do governo para que possa ser aprovado e veiculado. Ele também cria o direito, sem jurisprudência alguma, de bisbilhotar e investigar tudo o que você e toda sua família faz na Internet, conversa ao telefone e transaciona no banco, entre muitas outras coisas.

   Esse é o Brasil que você quer? Andando de mãos dadas com Hugo Chávez e Evo Morales. O país da ditadura, da opressão, do mensalão e dos maiores gastos em publicidade jamais vistos. Gastos para conseguir o que está acontecendo. Dar ilusão e um verdadeiro "circo" aos mais humildes pra que continuem votando neles. É o que está acontecendo, e eles estão ganhando.

   Nunca se esqueça!: Não importa quanto tempo você estudou em sua vida nem quantos anos passou sentado em uma cadeira de escola. O seu voto vale exatamente a mesma merda que o do ser mais  ignorante e desprezível que você conheça. E eles são maioria... (Em um país onde impera a verdadeira idiocracia)


à saber.

veja o desabafo de Paulo Beringhs:






valew, valew...

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Agora vai!!!

   Bola pra frente minha gente!!!

   Conseguimos comprovar que as pesquisas para presidente, mais uma vez, eram falsas e longe da realidade. O DOBRO do desvio padrão que os institutos, de merda, aceitavam como erro. Ou seja, 6 pontos. Com esse desvio como padrão eu, que não acertei nenhum número, poderia estar rico com os 115.000.000 da Mega de ontem.

   Bem gente, o mais difícil já foi. Levamos o Serra para o segundo turno. Agora é lutar mais um pouquinho pra sumir de uma vez por todas com o fantasma da fascista, ditadora e guerrilheira do PT.


   Fora daqui Dilma!!!

conto com a ajuda de todos.

valew, valew

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Dica Cult: A Metamorfose - Franz Kafka

   "Quando Gregor Samsa despertou, certa manhã, de um sonho agitado viu que se metamorfoseara, durante o sono, numa espécie monstruosa de inseto."

   Fantástico o inicio de A Metamorfose, de Franz Kafka, que resolve iniciar o livro logo com o auge do conto, que ficou imortalizado por causar horror e fascínio nas pessoas. Esse livro se tornou um clássico alemão do último século, porém permanece com a filosofia viva e atual. Em A Metamorfose, apesar das peculiaridades autobiográficas, Kafka retrata o homem moderno do início do século XX com um talento invejável.

   A história de A Metamorfose se passa na Europa de 1910, a Belle Époque, que para as pessoas comuns, os trabalhadores como Gregor Samsa, não tinha nada de bela. Gregor era caixeiro-viajante, profissão que preenchia toda sua vida. Isto porque ele trabalhava não só por si próprio, mas pelo pai, inválido e detentor de uma dívida enorme a qual Gregor procura sanar, pela mãe, velha, tísica (pneumoniaca), asmática e incapaz, e pela ingênua irmã de 16 anos. Toda a família depende do trabalho de Gregor para sobreviver, por isso confiam nele, apoiam-no. Estranhamente, até mais do que isso: parasitam-no, tornando-o escravo do trabalho. Até o dia em que ele acordou transformado num inseto. A partir dessa metamorfose física, a vida da família sofre um abalo enorme. O pai deve voltar a trabalhar, a casa deve ser disponibilizada a fim de receber hóspedes, até mesmo a irmã tem obrigação de arranjar um emprego. Mas mais importante do que isso, as relações intrafamiliares sofrem alterações significativas. Para o pai, Gregor passa a ser um “peso morto”, imprestável. Para a mãe, objeto de repulsa. Para a irmã, amorosa mesmo depois da transformação, aos poucos também passa a ser um estorvo. Agora ele era o parasita.

   A metamorfose física de Gregor originou uma metamorfose de valores na família, inclusive para o próprio Gregor. Este que aceita sua posição de inseto, só lamenta pelo fato de não poder mais trabalhar e suportar sua família. Com o passar do tempo, Gregor cai numa solidão sem volta, influenciado pelo desprezo cada vez maior das pessoas ao seu redor, por causa da sua forma física. Ele então morre de maneira reflexiva, pensando no mundo que o consumiu até a última gota e que então desejou o seu fim. Depois da morte solitária de Gregor, a família Samsa desponta para a vida, levantando de seu torpor casual. Sofrendo eles agora, o pai, a mão e a irmã, cada um deles uma metamorfose que os liberta daquela vida miserável e parasítica que levavam.

   Gregor Samsa, depois de transformado, não se pergunta o porquê daquilo tudo. Talvez ele próprio gostaria de uma fuga da sua vida, ou ainda isso aconteceu porque sua vida já havia sido desperdiçada. Isso é uma questão filosófica muito profunda, eu não tenho a presunção nem a intenção de esclarecer.. Porém, é um belo objeto de reflexão.

   Kafka evidencia no jovem caixeiro viajante as condições e as ideias que perpassavam o homem comum e trabalhador do início do século XX. A “coisificação” do trabalho, a intransigência dos empregadores, e a rotina mais do que fixa dos empregados. Gregor praticamente abdicara da sua vida particular para sustentar a família, que não via nisso nada desfavorável à pessoa de Gregor. E aqui está a espinha dorsal da filosofia kafkiana:

   A metamorfose de Gregor Samsa pode ser abordada sob várias vertentes. A mais curiosa é a de que o personagem não deve ser tratado como vítima, mas como vilão. A sua postura de carregar a família nas costas anterior à metamorfose ajudava-a financeiramente, mas inibia seu desenvolvimento, devido à acomodação. Então, a saída de Gregor desse campo teria sido benéfica sob o ponto de vista familiar, atuando como um reequilíbrio nessas relações, já não ligadas ao personagem com laços de dependência.


valew, valew

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O gosto antigo.

   Ultimamente estive pensando muito sobre os sabores da minha infância. Estive lembrando de texturas, aromas e gostos de que me lembro, mas que já não sinto há muito tempo.

   Depois de muito pensar resolvi começar a lembrar que sabores são esses que tanto sinto falta. Veio então a surpresa. São sabores e lembranças de coisas que consumo até hoje, coisas que por algum motivo não me dão mais a mesma sensação que davam quando comia na época em que tinha 10 ou 15 anos de idade. Sabor de catchup, maionese, atum e sardinha enlatados. O gosto de azeite de oliva, de salsicha, presunto cozido e por aí vai...

   Exemplificando, consegui hoje um rótulo bem antigo de catchup de um marca bem conhecida. Aquele que a gente tinha que espancar o fundo do vidro pra tirar o molho de dentro. Nele consta na lista de ingredientes: Polpa concentrada de tomate, vinagre, sal, cebola e xarope de milho.

   Pois bem, parece muito com a lista de ingredientes do "Ketchup Heinz", que esse ano pela primeira vez em 141 anos de história mudou a fórmula. Mudou para atender os atuais padrões de saúde dos EUA pela diminuição de sal e de açúcar.

   A surpresa veio ao ler o atual rótulo daquele mesmo catchup bem conhecido: Tomate, açúcar, vinagre, glicose, sal, espessante goma xantana e pectina, estabilizante cloreto de cálcio, acidulante ácido cítrico e aromatizantes. NÃO CONTÉM GLUTEN.

   Eu sei que a legislação para rótulos de produtos alimentícios mudou e melhorou MUITO e que hoje o fabricante só consegue livrar qualquer ingrediente da lista se provar que esse ingrediente ou soma deles for considerado "segredo comercial". Mas, ao que tudo indica, o catchup de hoje já não é mais simplesmente a polpa concentrada e digamos, apurada e temperada de tomate. É molho de tomate temperado e encorpado com espessantes, e ainda contém aromatizantes. Como quando você compra margarina e lê: Aroma artificial "idêntico" ao natural de manteiga.

   Na maionese então, o que era: Óleo vegetal de altíssima qualidade, ovos e suco de limão virou: Água, óleo vegetal, vinagre, amido modificado, ovos pasteurizados, açúcar, sal, suco de limão, espessante goma xantana, conservador sorbato de potássio, antioxidantes BHA e BHT, acidulante ácido lático, sequestrante EDTA cálcio dissódico, corante páprica e aromatizante. NÃO CONTÉM GLUTÉN.

   Essa goma xantana está em todas, iogurtes, requeijão, lasanha congelada, margarina e até em produtos mais líquidos do que esses. Obviamente fui pesquisar o que é isso. É um polissacarídeo obtido através da fermentação de uma parte do milho. Serve como emulsificante e espessante industrial. Ou seja. Como se fosse o velho truque do amido de milho para um molho. Você não tem tempo ou paciência de esperar o molho de tomate reduzir e encorpar bastante, então deixa ele bem aguado e calca amido de milho, mexendo bem e espera encorpar. Você, na verdade, serve água e milho no lugar de molho de tomate.

   Os aromatizantes então. Parece que se não forem colocados nos produtos eles, por algum motivo sombrio, não vão ter cheiro e gosto do que são. É como se o produto fosse feito apenas para ter cor e textura do que ele realmente deveria ser, obedecendo à lei de que a maior parte dele tem que ser, obrigatoriamente, da matéria prima á qual ele se refere, no caso do catchup o tomate, e então é colocado aroma artificial e/ou natural de catchup e tudo beleza. Agora imagine a qualidade dos tomates usados já que não vão ser eles os principais formadores do aroma e sabor de catchup... Pense nisso.

   Estive observando também os presuntos cozidos. Eu me lembro bem do gosto que eles tinham, da cor e da textura. Dava até pra reconhecer certas fibras, estrias e tecidos de carne nele. Hoje eles melam como uma gosma e tem gosto de patê industrializado. Então a fábrica "inventa" um novo presunto do tipo "Royale" que custa o dobro do preço e tem o mesmo gosto, cor e textura que o presunto cozido tinha a 15 anos atrás. Leia os ingredientes contidos na embalagem do presunto cozido: Carne suína, água, sal, maltodextrina, proteína vegetal, glucose de milho, açúcar, espessante carragena, estabilizantes pirofosfato tetrassódico e tripolifosfato de sódio, antioxidante eritorbato de sódio, aromas naturais (capsicum, cravo e canela), conservadores nitrito e nitrato de sódio e corante natural de cochonilha. NÃO CONTÉM GLÚTEN.

    Proteína Vegetal!!!! Puta que pariu!!!! Um produto que era pra ser uma PERNA inteira de porco e eles acrescentam "proteína vegetal" (pra atingir a taxa mínima do regulamento técnico brasileiro, taxa que deveria ser atingida se usassem apenas carne de porco), mais espessantes e milho, corante feito do pulgão "de couve" cochonilha e aromas, que dessa vez são apenas temperos.

Olhe essa foto do presunto caro porém muito bom chamado de "royalle":

   Isso parece um pernil de porco curtido em tempero, cozido, enformado e então embalado à vacuo. Esse parece mais o presunto de que eu me lembro de ver meu pai comprando, às vezes inteiro ou em grandes pedaços ou às vezes pedindo para o tiozinho do mercado fatiar. E não isso:


   Essa foto é do presunto de melhor qualidade encontrado hoje, ou um dos melhores. Já que nesses tempos de "crise" as duas maiores marcas brasileiras se juntaram então já viu... Olha a cara de corante, não tem mais cara de carne pura. Nem cheiro e nem gosto. 1/2 hr fora da geladeira e começa a melar inteira igual a "fécula de mandioca", porque será... Parece mais um embutido tipo uma mortadelasona ou algo parecido.

   Disse "crise" porque no que elas se propõe a fazer, que são frios, congelados e alimentos industrializados em geral tenho certeza de que ganham MUITO dinheiro aqui no Brasil. É que se meteram a investir na bolsa e em debentores e os cambau lá nos EUA então uma delas quebrou bonito e foi assumida pela outra...

   Dos apresuntados então não vou nem entrar no assunto. Nojo, muito nojo! Não quero nem imaginar o que poderá existir lá dentro. Algo parecido com o que tem nos nuggets de frango vendidos livremente por aí...

   Aprofundando um pouquinho mais no assunto é claro enxergar onde está o chist. Não existe carne mais barata de porco doque aquele corte transversal do pernil. Um corte americano de porco por assim dizer.
   Você encontra ele em torno de 6 a 7 reais o quilo. Picanha de porco por uns 10 reais e costelinha ou costeletas aqui na cidade onde moro chegam a custar de 13 a 17 reais o quilo. Depende da qualidade.
   Uma linguiça verdadeiramente boa, 100% de porco de um micro produtor local e honesto custa em torno de 12 reais o quilo.
   Então eu me pergunto: Como a indústria abate o porco, separa o pernil, tempera e curte ele por 6 horas, enforma e cozinha por mais 5 horas, desenforma, resfria por 2 horas e embala à vácuo e vende entre 8 e 11 reais o quilo?
   Não existe mágica!  É muito simples! Tem muito mais coisa ali dentro do que pura carne de porco. Fala sério!

   Li também os resultados de um laboratório pago pelo INMETRO para avaliar a qualidade do óleo contido na sardinha em conserva de diversas marcas. Incrível.
   Tem marca usando óleo 10x mais ácido do que o permitido para consumo humano no país. Já viu aquelas carretas barril, graneleiras de líquidos transportando óleo vegetal NÃO refinado. Pra onde elas vão? Aqui na minha região vão muitas para uma embaladora de conservas.

   Outro exemplo de uma coisa que os empresários do nosso país fazem muito. Na loja onde trabalho compramos caixas de 8 Kg de azeitonas. As caixas contém 4 baldes de 2kg de azeitonas, drenada, cada. Já compramos 72 baldes no último mês, pois azeitona à granel sempre foi uma coisa que vendemos bastante. Só que pudemos constatar que nenhum desses 72 baldes continham 2 Kg líquidos de azeitona. Pesamos todos! Obtivemos a média de 1,700 Kg por balde. Já notificamos o representante de S.P. e requerimos os 21,6 Kg de azeitonas que estão faltando, ou levo uns baldes para análise no IPEM.

   Há muito tempo coisas como essas me deixam muito irado. A gente é chamado de trouxa de todos os lados a cada dia que passa nessa merda de país. O pior é que já não fazemos nada. Essas foram algumas pequenas coisas que eu me lembrei agora, mas existem inúmeras fraudes e enganações por aí a fora.

   O Brasil é o país onde se cobra a maior taxa de juros e impostos do planeta e mesmo assim as empresas conseguem enriquecer tanto e de forma tão rápida que não tem como não suspeitar. Olhe o tanto que uma empresa de cervejas cresce em pouco mais de 10 anos. A outra maior então em 50 anos. Isso seria impossível nos EUA. Mesmo os impostos sendo bem mais baixos e o governo e a economia dando uma baita força com a estabilidade financeira. Como aqui uma empresa com 10 ou 12 anos consegue acumular um capital bilhonário e aplicar na bolsa de valores de NY em ações de coisas que não tem nada a ver com seu negócio.

Com certeza eles ganham muito dinheiro com o produto que vendem. De que forma? Vendendo merda a preço de ouro. Sem falar de sonegação ou não sei mais que forma isso poderia acontecer...


valew, valew

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Alguém já leu essa merda?

   Estive dando uma lida em jornais e blogs por aí pra pescar o que andam achando dos ataques feitos pelo Lula à imprensa ultimamente. De repente me deparo com a opinião de um asno chamado Rodrigo Vianna e seu blog com o texto: QUASE GOLPE: “A IMPRENSA VERSUS LULA”: O LIVRO E OS FATOS

   Nesse texto ele defende totalmente a ideologia fascista e autoritária do Lula e ainda diz que o país está melhor agora, depois de usurpado parte do poder de compra da classe intelectual trabalhadora (impostos e mais impostos que não são mais convertidos em infraestrutura ou algo que o valha) em prol da plebe rude e ignorante e da ralé não trabalhadora que agora se encontra alegre e alvoroçada com a esmola "bolsa" que lhes é entregue através do nosso trabalho.
   No texto ele fala que nós, classe média culta e trabalhadora é que estamos errados e que nos sentimos derrotados por estudar 16, muitas vezes 20 anos de nossas vidas para entregar tudo o que temos nas mãos de um analfabeto. Analfabeto que agora tenta colocar outra no lugar que também "abandonou" os estudos. (ainda não foi provado nem se é verdade que ela os começou)

   É claro que a classe média é contra o Lula. Ele está acabando com ela. A classe média é a grande pagadora de impostos, com os quais ele sustenta seu curral eleitoral em forma de bolsas mil que servem de cala a boca pra esse mesmo curral. Quanto aos empresários. Eles sempre foram e sempre serão empresários. De uma forma ou de outra sempre ganharam dinheiro e o governo sempre fará de tudo pra não mexer de mais com eles. A classe média responde pela parcela da população que atinge os mais altos níveis de intelectualidade e escolaridade. Ela forma médicos, advogados, dentistas, engenheiros, sociólogos e etc. Quero esperar 8 anos de Dilma. Quando só existirem os homens "bolsa do brasil" para ver o doutor Rodrigo Vianna reapresentar esse monte de besteira que está dizendo no seu blog. Aí, quando estiver com dor de dentes vá ao bar do zé da esquina. Quando um ente querido estiver morrendo com câncer você pede ajuda ao flanelinha de rua. Pois ele, com a bolsa presidiário que a madrasta recebe, e todas as outras bolsas, QUE EU PAGO com o suor do meu trabalho, já ganha bem mais que eu e com certeza estudará medicina e descobrirá a cura pra essa doença.

   Existem três marginais que roubaram o carro da minha irmã ano passado e mais dois que mataram o aluno da Unifil pra roubar seu carro no começo desse ano loucos por uma esmolinha.    Leva um par de mendigos pra casa você também. Cuida deles e da esmolinha pra eles. Já que isso torna o governo do analfabeto algo assim tão bom aos seus olhos.

   Ah! Mas o aluno da Unifil era de classe média, trabalhava na micro empresa do pai de dia e fazia ADM a noite pra pagar os impostos, direitinho, pra encher essa cambada de vagabundos de bolsas então ele não conta.


   Rodrigo Vianna, com todo o respeito que devo a você e a sua opinião, como ser humano, filho de Deus e meu semelhante e irmão. Mas acima de tudo a tua tão honrada profissão, tão cara e importante para a democracia do nosso país, aqui vai a minha opinião:

Vá a merda Rodrigo Vianna!!!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010